Se empreender no Brasil já não é uma tarefa das mais fáceis, o que dizer de um cara que é filho de uma ex-boia fria e empregada doméstica, que morou até os 19 anos em uma casa de barro e que conseguiu dar a volta por cima de forma extraordinária, sem medo de pecar pelo exagero. Sim, trata-se de uma história real de um homem que viu em cada queda uma oportunidade de se levantar ainda mais forte. Esse cara é Edgar Ueda, um brasileiro natural de Pinhalzinho, cidade do interior de São Paulo com 13 mil habitantes.
A história do escritor está na exceção da regra. Isso porque dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) mostram que, no mês de fevereiro deste ano, o Brasil contabilizava 117 mil milionários. Mas existe outro número ainda mais curioso. Estatísticas mostram que 80% dos milionários são ricos de 1º geração. Isso significa que a cada 100 milionários, apenas 20 são oriundos de famílias ricas. Os outros 80 fizeram fortuna do nada. Ou seja: vindos de condições desfavoráveis.
Nessa lista está Edgar Ueda. Ele começou a trabalhar aos 9 anos de idade, como vendedor de leite e, aos 12, como vendedor de coxinhas. Foi aí que descobriu que tinha veia de vendedor, empreendedor. “Meus avós falavam para eu guardar o dinheiro que ganhava. Obedeci e fui juntando o que eu conseguia. Quando completei 17 anos comprei meu primeiro comércio, uma lanchonete. Minha primeira grande conquista”, detalha Edgar, como tudo começou.
Mas não é só. Antes de alavancar nos negócios, Ueda ainda exerceu algumas profissões como garçom, balconista de lanchonete, operário de fábrica e da construção civil.
“Em minha trajetória, acumulei uma série de experiências que me tornaram a ser o que sou hoje. Aprendi a superar a dor, fui e sou resiliente e tenho um sonho grande”, conta o milionário do ramo imobiliário.
Até contabilizar um saldo bancário de sete dígitos, Ueda, que é filho de uma ex-boia-fria e empregada doméstica, precisou mesmo ser resiliente. Ele foi à falência por seis vezes e – pasme! – se reergueu de todas elas. “Todas as vezes que quebrei e fracassei, pensava que era um passo, um degrau, uma fase que eu iria superar. Por isso minha virada era muito rápida. Me tornei pró-ativo”, testemunha Edgar.
Palestra e lançamento
Mas hoje ele quer mais. E não é apenas dinheiro. O desejo compartilhar a sua experiência, seu conhecimento, tem falado alto e, por isso, Edgar Ueda se tornou palestrante e escritor. Ele pretende, ainda este ano, visitar o maior número de capitais brasileiras para compartilhar sua vivência e motivar pessoas a saírem da zona de conforto e se tornarem “fora de série”, como ele costuma dizer.
“Diante de tudo o que aconteceu comigo, meu propósito de vida é provocar mudanças, motivar e inspirar outras pessoas. Principalmente pessoas comuns, para se tornarem extraordinárias. Fazê-las entenderem que podem mais, para que elas de fato deem seu Turn Around (inversão de marcha, volta por cima). O tempo de vida é curto, então, por que não se tornar um multimilionário?”, provoca Edgar. E ele tem razão. Por que não, não é?