A Netflix lançou na última quarta-feira (15) Maldivas, nova série nacional da plataforma de streaming. A trama criada por Natália Klein, que também estrela a produção no papel de Verônica, mistura humor irônico com um thriller envolvente.
Imagine morar em um luxuoso empreendimento no Rio de Janeiro que tem o nome de um lugar paradisíaco. Agora imagine as figuras que podem ser encontradas nesse lugar… imaginou? Tem de tudo um pouco: vizinhas chatas, síndica egocêntrica, gente famosa, usuários de tornozeleira eletrônica, gente rica, gente querendo ficar mais rica, e por aí vai.
A primeira temporada conta com sete episódios, que variam em torno de 30 minutos, o que facilita na hora de maratonar. Mas nem tudo são como as belas e coloridas flores do condomínio de luxo que dá nome ao seriado.
Confira os erros e acertos de Maldivas:
Manu Gavassi
Acertou ✔
A Milene de Manu Gavassi brilhou do começo ao fim. O tom dado pela atriz para a quase vilã ficou perfeito, e é difícil imaginar outra profissional fazendo a egocêntrica síndica do Maldivas tão bem. Arrebatadora. Mara de maravilhosa. Que venham outras personagens de destaque para ela! Alô, TV aberta? Alô, plataformas de streaming?
Reviravoltas
Acertou ✔
Quando você acha que já sabe tudo da história, do nada a coisa muda e a surpresa chega prontinha para colocar suas teorias no lixo. A cada episódio de Maldivas o espectador tem um misto de sensações, e a vontade de devorar tudo para descobrir o que acontece no final é veroz.
Mocinha podia render mais
Errou ❌
Podemos chamar uma personagem de fraca quando ela passa a metade da história sem grandes acontecimentos? A impressão que dá de Liz, nos primeiros episódios, é que ela estava ali apenas para cumprir o papel da mocinha, e chata, por sinal.
Sua trama ganha um gás no final e explica a sua função de protagonista. Só que a história não chamou tanto a atenção nos primeiros episódios como as de outros personagens. Ficou um pouco ofuscada. Pode ter sido essa a intenção da autora? Pode. Mas ficou legal? Não.
O casal de Sheron Menezes e Samuel Melo
Acertou ✔
O casal Rayssa (Sheron Menezes) e Cauã (Samuel Melo) é interessante, e foge do clichêzão ao retratar o amor livre. Tem química. E o enredo que envolve a dupla é bem rico, sem contar que a música Veneno Tropical é um chiclete. Quem foi que criou esse hit?!
Passado de Leia
Errou ❌
A trama do passado de Leia/Patrícia Duque (Vanessa Gerbelli) não é explicada em detalhes. Mostra quem matou o pai de Liz (Bruna Marquezine), mas não explicam a motivação do assassino. A pessoa assiste até o final para terminar aflita com essa questão, e não me venha com “na segunda temporada você descobre”. Contribui para uma má experiência.
Atuações de grife
Acertou ✔
A escolha do elenco foi acertada. Mas além de Manu Gavassi, o destaque também vai para Carol Castro, que demonstrou muita segurança no papel da madame falida Kat. Do humor ao drama, a atriz mandou muito bem.
E uma salva de palmas para Vanessa Gerbelli. O trabalho da atriz dispensa comentários, mas é importante destacar o talento e a versatilidade dessa mulher. Muito bom assistir o seu show.
Guilherme Winter desperdiçado
Errou ❌
Para quem abriu o mar vermelho e ganhou ares de galã número 1 de um canal de televisão, o papel de Gustavo, um presidiário que cumpre prisão domiciliar e passa o dia jogando videogame, não é muito instigante. O enredo do Capitão Rafael, interpretado corretamente pelo ator Alejandro Claveaux, rendeu muito mais do que o marido de Kat (Carol Castro).
Direção caprichada
Acertou ✔
No comando do diretor José Alvarenga Júnior (Supermax), a direção cumpriu muito bem a sua missão. E em relação as imagens, a fotografia está impecável. Parabéns!
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