O Estação Livre desta sexta-feira, 24 de setembro, vai falar sobre ancestralidade. Em conversa inédita, Cris Guterres recebe no estúdio a filósofa e escritora Djamila Ribeiro e a educadora e deputada estadual Erica Malunguinho. Juntas, elas falam sobre a importância de entender as origens a fim de compreender o presente e projetar o futuro.
“O Brasil é um país que não conhece o seu passado. A história que é evidenciada é uma história a partir de uma perspectiva eurocêntrica, branca, masculina”, contou Djamila. Também na edição, Erica define ancestralidade como “um grande elo entre os tempos o passado, o presente e o futuro. O Amanhã será ancestral um dia”.
Já nas reportagens da edição, o programa apresenta um bate-papo com pessoas negras que foram em busca de sua ancestralidade. A procura por entender, através da genética, fatos e acontecimentos da história aumentou consideravelmente, visto que as células do nosso corpo carregam memórias ancestrais que nos influenciam.
O Estação Livre ainda fala sobre as raízes musicais brasileiras: de Dorival Caymmi a Clara Nunes, a influência de ritmos de terreiro é explícita. Características antigas se manifestam nos ritmos atuais, como na batida do funk, no violão de Jorge Ben Jor e no rap de Rincón Sapiência. Junto com a música, vem a dança. Essa representação artística também carrega muitas conexões.
A atração também comenta sobre benzedeiras e a prática que transcende gerações, com o objetivo da cura muito além da fé. Com a participação da trancista Diva Green, o Estação Livre comenta sobre a força ancestral do povo negro também se manifesta nos cabelos: traços culturais são resgatados e conexões com tradições africanas se estabelecem.
O Estação Livre vai ao ar nas noites de sexta-feira, a partir das 22h00, na TV Cultura.
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