O Domingo Espetacular (Record TV) teve acesso, com exclusividade, a certidão de óbito de Gal Costa, que morreu em novembro de 2022. No início de julho, uma reportagem da revista Piauí levantou uma série de polêmicas em torno de Wilma Petrillo, viúva de Gal. Uma das suspeitas, envolve a causa da morte da cantora.
A jornalista Hildegard Angel, filha da estilista Zuzu Angel e amiga de Gal Costa, divulgou uma mensagem nas redes sociais em que cobra do Ministério Público uma ação para exumar o corpo da cantora, com a realização de uma autópsia. No texto, ela diz que os admiradores de Gal Costa, adquiriram consciência de que a causa da morte da cantora não os convence e pedem resposta clara.
Procurada pela revista eletrônica da Record, Hildegard disse que não quer gravar entrevista sobre o assunto. Já um advogado especialista nestas questões explica que pedir a exumação de um corpo não é um processo simples.
A exumação, ela só pode acontecer se tiver uma investigação em curso, se ela for determinada por um juiz para que se possa investigar o que aconteceu aquela pessoa e se realmente a morte está de acordo com o que está no laudo”,
diz Ricardo Capelli, advogado criminalista.
Mesmo diante de todas as suspeitas e denúncias de amigos da cantora, Wilma Petrillo nunca tornou público o que causou a morte de Gal Costa. Essa informação oficial era um segredo protegido por ela até este domingo.
A causa da morte
O Domingo Espetacular teve acesso a certidão de óbito de Gal Costa e revelou o que diz o documento.
Segundo a certidão, a cantora morreu em casa. Ela teve um infarto agudo do miocárdio, ou seja, um ataque cardíaco e neoplasia maligna de cabeça e pescoço. Vale lembrar que, dois meses antes de morrer, Gal Costa passou por uma cirurgia delicada na região do nariz para retirada de um nódulo.
De acordo com Sérgio Uchôa, cirurgião de cabeça e pescoço, a neoplasia de cabeça e pescoço pode ser qualquer tumor que acomete a face e o pescoço. ”Você tem uma gama enorme de tumores que estão nessa região”, diz o médico.
O repórter Mauro Júnior questionou se o tratamento contra um tumor maligno poderia, de alguma forma, causar um ataque cardíaco.
“Olha, é muito difícil a analogia entre o infarto e a neoplasia de cabeça e pescoço, por si só. Geralmente está associado aí, a diversos outros fatores”,
explica o profissional.
A Record TV tentou falar com Wilma Petrillo, que se recusou a atender a reportagem. Uma irmã da empresária, Ana Cristina, que é sócia de Wilma em uma das empresas, negou qualquer denúncia. E chegou a ser hostil com o repórter: “Ela não quer falar, não está em condições de falar”.
Caso de polícia?
De acordo com o advogado criminalista, a morte cercada de polêmicas, pode virar um caso policial.
Se confirmando aqueles indícios, você vai possivelmente ter uma ação penal e dentro da ação penal aquela pessoa vai ser processada e aí novamente, em frente ao Juiz vai se averiguar, se realmente confirmam aquelas situações e ela pode vir a ser condenada, eventualmente, por um crime que tenha praticado.