A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa na manhã desta quarta-feira (4) durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco que mira uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão ocorreu no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
Deolane, que nasceu em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, e se mudou ainda criança para São Paulo, estava em Pernambuco visitando a casa dos avós, onde foi criada. Em sua última publicação nas redes sociais, ela compartilhou momentos na residência da família em sua cidade natal.
A operação “Integration” começou em abril de 2023. Desde então, emitiu 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em várias cidades, como Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia. Além das prisões, a Justiça decretou o sequestro de bens, incluindo carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Também bloqueou ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.
Outros problemas com a Justiça
Essa não é a primeira vez que Deolane enfrenta problemas com a Justiça. Em 2022, ela foi alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo por suspeita de envolvimento com a Betzord, uma empresa de apostas esportivas online. Na época, a Betzord estava sob investigação por “crime contra a economia popular e associação criminosa”. A advogada postou um vídeo nas redes sociais após a busca e apreensão em sua mansão. Na gravação, afirmou que não encontraram nada de ilícito e confirmou que os agentes levaram computadores, celulares e dois veículos.
A influenciadora é conhecida por ostentar uma vida de luxo nas redes sociais. Ela frequentemente compartilha suas viagens internacionais, seus carros de alto valor e seus investimentos. Entre esses investimentos está sua própria marca de cosméticos. Em março de 2024, ela celebrou a compra de sua sétima casa, localizada em Orlando, nos Estados Unidos. Apenas quatro meses depois, anunciou a compra de sua 12ª casa, também em Orlando.
As investigações da operação “Integration” contaram com o apoio da Interpol e de diversas polícias civis estaduais. A Polícia levou Deolane ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) em Afogados, na Zona Oeste do Recife, onde ela permanecerá à disposição da Justiça.