O The Noite (SBT) desta segunda-feira (14) exibe uma entrevista com Weverton Pereira. O goleiro da Seleção Brasileira de futebol bate um papo com Danilo Gentili e fala sobre o caminho árduo para o sucesso profissional, as críticas que recebeu durante sua jornada, a emoção da convocação para o campeonato no Catar e até sua opinião sobre Daniel Alves na Seleção.
O principal segredo do goleiro é ser mentalmente forte, porque goleiro vai errar, vai falhar como qualquer outro falha, mas às vezes, pode custar muito caro, a cabeça tem que ser muito boa, acho que, melhor que ser um bom goleiro, ser rápido, ser ágil, tem que ser mentalmente forte. Raramente eu perco a cabeça, quando eu tomo um gol, eu fico muito bravo, mas eu penso que tem o resto do jogo para jogar e me concentro novamente.
Weverton Pereira
“Hoje, com a mentalidade que eu tenho, com o trabalho, eu penso que os caras precisam de mim. Hoje, eu sou o líder da equipe, eu sou um dos mais velho do grupo, as pessoas sempre estão esperando algo de mim, e eu não posso demonstrar fraqueza, não posso mostrar dificuldade, eu tenho que levar o suporte e é isso que eu procuro fazer em campo […]. Para ser goleiro você precisa ser doido. Meus dedos são todos tortos. É de bola que bate e vai entortando”, complementa o jogador.
“Se pedirem para eu convocar 26 e você [Danilo] convocar 26, eu tenho certeza que não vai ser igual os mesmos 26, então, há sempre uma opinião diferente, é natural. Mas ele foi super bem, o Daniel Alves é um cara que merece, super vitorioso e que vai ajudar muito. Se a gente lembrar aqui, 2002 quando o Felipão não chamou o Romário, foi uma confusão, falaram para caramba e foi lá e foi campeão”, expõe o goleiro.
A Danilo Gentili, Weverton revela: “A torcida estava duvidosa, mas eu entendo, na época estava o Prass e Jailson, que eram dois grandes goleiros e ídolos do clube, acho que no entendimento deles não precisavam de outro goleiro no momento, mas quando tem a promessa de Deus acontece algo bom. Eu cheguei, eu fui terceira opção, se eu falar que eu gostei, eu vou mentir, porque todo mundo quer jogar, quer participar, mas eu respeitei e fui trabalhar como sempre faço, fui buscar meu espaço, esperar meu tempo e meu tempo chegou, seis meses depois. Eu aproveitei meu tempo. Eu acho que é normal do torcedor, mas já superamos tudo isso, foi importante todo o processo”.
“Na minha cabeça passa muita alegria, muita emoção, às vezes você fica até um pouco fora de si, vem um filme, toda sua história e todo sofrimento. Eu sou um cara que paga um preço muito caro por estar fazendo o que eu faço, eu tenho que fazer muitas renúncias, eu deixo de fazer muita coisa, eu não saio, eu não bebo, eu procuro dormir cedo, me alimentar bem, em busca de atingir o meu objetivo”, afirma Pereira.
O The Noite vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 00h30, no SBT.
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