O primeiro The Noite (SBT) da semana (24/10) exibe uma entrevista com Paulo Andrade. O narrador esportivo bate um papo com Danilo Gentili sobre carreira, planos profissionais e o porquê deixou de ser jogador de futebol.
É uma carreira muito difícil, você lida com uma série de fatores além da sua capacidade. E eu era razoável. Nunca fui um craque. Sempre cumpri, mas nunca fui muito além disso. Tinha uns 19 anos e pensei ‘para onde vai minha vida se eu seguir tentando?’ … Tive a oportunidade de manter os estudos e depois descobri o dom – eu acho que é dom – de narrar
Paulo Andrade
Questionado sobre ser jogador de base em vários clubes de futebol, o convidado comenta: “Joguei no Corinthians, Portuguesa, Juventus e América (de Rio Preto). A Portuguesa foi o mais marcante. Joguei mais tempo e você acaba criando mais afetividade. Hoje em dia a base é tratada muito mais como espelho do profissional do que nessa época (final dos anos 90)“.
Citando as diferenças entre as cabines de narração brasileiras e as inglesas, conta: “a gente fica com a impressão de que tudo lá é maravilhoso, é um mundo mágico e não é bem assim. Tanto que, aqui no Brasil, nós temos muito mais conforto do que narrando lá nas arenas principais deles. Lá eles montam plataformas de transmissão. A gente fica no relento, como se fosse uma sequência da arquibancada. “.
Paulo Andrade, que já narrou em países da Europa e outros continentes, diz qual foi o prato mais inusitado que já comeu antes de um jogo. “Uma vez o dono do Chelsea, por ser um jogo contra o Barcelona, promoveu ali uma paella para a imprensa. Estava maravilhoso. Eu quase que não narro“, recorda. Ele também revela se está nervoso por narrar pela primeira vez uma final da Libertadores e diz: “Nervoso, não, é uma tensão. E eu nunca narrei“.
O The Noite vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 00h45, no SBT.
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