Em um documentário especial para o Conexão Repórter da próxima segunda (27), Roberto Cabrini revela a história de Pabllo Vittar como nunca se mostrou. Em uma conversa franca, a cantora fala sobre tudo, sem tabus, e comenta a luta contra rótulos e barreiras moralistas. Aos 23 anos, Pabllo fala sobre a descoberta da própria sexualidade, o desafio de se assumir homossexual diante da mãe, homofobia, questões de gênero e até mesmo a ausência do pai.
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O programa mostra como o menino nascido em São Luís do Maranhão se tornou um ícone, estampando páginas de jornais como o New York Times e alcançando 2,2 milhões de acessos em menos de 24 horas com o lançamento de um único clipe. Da infância humilde em cidades do interior maranhense à adolescência, das aulas de balé e a atração pela dança e música, o jornalístico trilhou os caminhos que a levaram a tomar o país como um furacão.
Cabrini acompanha um pouco de sua rotina entre coletivas, sessões de fotos, shows, viagens, gravações e selfies em série, mostrando como detalhes de sua agenda e seu talento.
Confira frases da entrevista:
- “Muito homofóbico, preconceituoso, transfóbico, racista pra caramba. Eu vejo isso todos os dias.” (sobre o Brasil)
- “Não, sabe por quê? Porque existem essas pessoas que são caretas. Mas existem também as pessoas que são tipo ‘viva sua vida do jeito que você quiser viver’ e é pra essas pessoas que a gente trabalha. Para as outras a gente quer levar informação. Quer mostrar que a gente é capaz. Quer mostrar que a gente, LGBTs e gays, temos caráter, trabalhamos, temos sim os mesmos direitos… E a gente pode fazer o que a gente quiser. Eu posso estar aqui dando essa entrevista, na frente dessa câmera pra você. Posso estar exercendo qualquer função no mercado de trabalho, porque eu sou capaz disso. A minha sexualidade, a minha condição sexual, não me incapacita, não me faz menos. E eu provo isso pra mim mesma, todos os dias.” (quando questionado se se incomoda com os moralistas)
- “Quando eu tô andando na rua, lá na minha cidade, as pessoas se perguntam ‘é ela? é ele?’. Aí chegam em mim.”
- “Tanto faz, tanto faz… Eu acho que a gente está na vida pra ser múltiplo.” (sobre ser chamado de “ele” ou “ela”)
- “Eu nem cheguei a conhecer meu pai (…) Não sinto (falta). Eu acho que tudo na vida tem um motivo. Acho que a figura masculina e essa força masculina que a gente encontra em figuras que geralmente vem dos pais, eu recebi muito dos meus tios, dos meus amigos, do meu avô, pai da minha mãe, das pessoas que estavam comigo perto.”