Anos após acusar Adele de plagiar a faixa “Mulheres“, popularizada por Martinho da Vila, o cantor e compositor Toninho Geraes moveu um processo contra a cantora britânica nesta semana. A ação, protocolada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em fevereiro, solicita R$ 1 milhão em indenização por danos morais, envolvendo não apenas Adele, mas também seu produtor Greg Kurstin e as gravadoras Beggars Group, Sony Music e Universal Music, responsáveis pela distribuição da obra no Brasil.
A acusação de plágio veio à tona em setembro de 2021, quando Toninho Geraes afirmou que trechos da melodia de “Mulheres” teriam sido utilizados sem autorização em “Million Years Ago”, faixa do álbum “25” de Adele, lançado em 2015 e creditado à artista britânica e a Greg Kurstin.
O advogado Fredímio Biasitto Trotta, representante de Toninho Geraes, destacou a revista QG a clareza do plágio com base em evidências como sobreposições de áudio e vídeo, trechos melódicos idênticos e harmonia similar nas partituras apresentadas como prova. “O plágio está evidente pelo vídeo e áudio sobrepostos, por trechos idênticos ou similares da melodia, pela harmonia 100% igual e pelas partituras apresentadas como prova, nas quais as músicas são apresentadas no mesmo tom, ritmo e andamento“, afirmou Fredímio.
Além das evidências documentais, o processo conta com o depoimento de músicos, incluindo dois que participaram da gravação original de “Mulheres” em 1995, reforçando a argumentação de Toninho Geraes. A defesa aguarda a definição de uma data para a audiência no tribunal.
A Sony Music e a Universal Music, responsáveis pela distribuição de Adele no Brasil, já se pronunciaram anteriormente, alegando não terem responsabilidade sobre as composições da artista.