O Caldeirão especial com Djavan deu o que falar nas redes sociais e também nos bastidores da Globo. Neste sábado, o cantor e compositor esteve no palco de Marcos Mion para receber uma grande homenagem e ouvir sobre a importância de sua obra para a cultura brasileira e também para as pessoas, no âmbito individual. Afinal, quem não construiu uma trilha sonora para os momentos marcantes que tem na memória? E com certeza, em algum deles você vai lembrar de um dos sucessos do Djavan. Na plateia estavam famosos, que deram seus depoimentos e se emocionaram.
Quem assistiu atentamente ao Caldeirão em homenagem a Djavan percebeu que a emoção foi o principal elemento embutido no roteiro do programa. Era clara a intenção de não apenas homenagear, mas, principalmente, de emocionar quem estava assistindo no auditório do estúdio ou em casa. E objetivo foi alcançado, não há como negar.
Nas redes sociais foram muitas as manifestações sobre o Caldeirão ter copiado o Altas Horas de Serginho Groisman, que já realizou inúmeras homenagens ao pessoal da música, incluindo o próprio Djavan. No palco de Serginho há referências a Rita Lee e Zeca Pagodinho, artistas que, mais do que presentes no programa, são amigos do apresentador. Rita Lee recebeu uma grande homenagem semanas antes de sua morte. Portanto, é natural que todo mundo associe esse tipo de programa ao Altas Horas.
É fato que a equipe de Marcos Mion recorreu a alguns elementos muito semelhantes ao do Altas Horas, como plateia vip formada por artistas que de alguma forma cruzam pela vida e carreira do homenageado e a execução dos grandes sucessos. Assim, como é possível identificar elementos do Arquivo Confidencial a partir da exibição de depoimentos de amigos e até de quem estava no auditório. O programa teve direito até a lounge com os convidados globais, como acontecia no Melhores do Ano, ainda sob o comando de Faustão. Também é natural.
O Caldeirão especial com Djavan mostrou que é possível se apropriar de vários elementos que funcionam em outros programas para levar algo de qualidade ao telespectador. E isso não deve ser encarado como algo errado ou ruim, ou disfarçado para ninguém reparar. Muito pelo contrário. A televisão brasileira é o que é porque estamos constantemente renovando e adaptando as grandes referências, e modernizando quadros e formatos.
Os números preliminares apontam que o Caldeirão com Mion atingiu algo um pouco acima dos 12 pontos, índice muito próximo às suas médias.
Vanucci, tens razão. Lembra o Serginho. Mas é inegável o talento do Mion nesta fase Globo e neste programa em especial. Onde tem qualidade temos que ressaltar. Abraços. SérgioCunha