A entrevista exclusiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao programa Pânico (Jovem Pan) nesta segunda-feira (3), alcançou uma audiência expressiva na TV por assinatura. Foi a primeira entrevista de Bolsonaro após ser o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torná-lo inelegível, na última sexta (30).
O programa de Emílio Surita registrou o dobro da audiência do Estúdio i (GloboNews), com Andréia Sadi. Os dados preliminares são do Painel Nacional de Televisão (PNT) da TV paga, obtidos pelo F5.
Segundo a publicação, a Jovem Pan atingiu picos de 0,9 ponto de audiência entre 13h e 14h15, durante a participação de Bolsonaro no Pânico. Enquanto isso, a GloboNews oscilou entre 0,4 e 0,5 ponto, ficando em segundo lugar, algo incomum para o horário em que Andréia Sadi está no ar.
Assim sendo, essa marca representa um recorde de audiência para o Pânico na TV paga em 2023, já que o programa costuma registrar uma média de 0,4 ponto.
Enquanto Bolsonaro falava, outras emissoras concorrentes da Jovem Pan tiveram uma audiência insignificante.
A CNN Brasil, que exibia O Grande Debate, registrou 0,0 ponto, o mesmo índice da Record News e Band News.
Durante a entrevista, Bolsonaro mencionou que a Globo se recusou a entrevistá-lo por “ter medo”. A reportagem apurou que a emissora vetou algumas exigências feitas pela equipe do ex-presidente.
Bolsonaro concedeu entrevista a Jovem Pan e bateu GloboNews
Durante a conversa, Bolsonaro criticou os juristas responsáveis por sua inelegibilidade e afirmou que tem sido vítima de “perseguição” desde a derrota nas eleições de 2022.
Além disso, o ex-presidente anunciou produtos com seu nome que pretende lançar no mercado, incluindo um suplemento alimentar de baixa caloria. Por fim, Bolsonaro agradeceu as doações recebidas para financiar seus processos judiciais.
“Grande parte das doações foi de R$ 2 e R$ 22. Foi uma iniciativa da população, que quis me ajudar. Com esse valor, conseguirei pagar alguns processos e ainda sobrará para comprar algumas tubaínas”, afirmou o ex-presidente.
Aliás, Bolsonaro ainda questionou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para a cassação das concessões públicas da Jovem Pan. “A quem interessa calar a Jovem Pan?”, questionou.