Os bastidores do Chega Mais não são os mais tranquilos entre as produções do SBT. Muito pelo contrário. O clima é tenso, as jornadas são longas e são muitas as reclamações. Não precisa estar muito próximo para ver nitidamente que toda a equipe trabalha sob pressão e num ambiente de muitas cobranças.
Segundo fontes da Coluna do Vannucci, a pressão aumentou consideravelmente desde a chegada de Marcelo Kestenbaum. O diretor puxou para si a responsabilidade da pauta e a criação de temas de comportamento para debates na faixa local. O problema é que as ideias mudam depois que muita coisa já está em produção. Todas essas reviravoltas obrigam a produção a não ter horário para sair. De acordo com a fonte que pediu para não ser identificada, é comum a equipe estourar a jornada. Além disso, pelo menos sete profissionais estão afastados por estresse e burnout.
Toda essa pressão acontece para que o Chega Mais consiga aumentar sua audiência, mas, até agora, nada parece funcionar do jeito desejado pela direção. A audiência do Chega Mais permanece muito abaixo do esperado, apesar do discurso oficial de que o programa é sucesso.
Na última segunda-feira (15/3), o Chega Mais marcou apenas 1,7 pontos na Grande São Paulo, o equivalente a 5,2% do público do horário. Na terça-feira (16/3), o programa registrou 2,1 pontos, mas apesar do crescimento, perdeu até para os esportivos da Band. No Rio de Janeiro amargou apenas 1,2 pontos ao ser exibido até 12h30.
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Conteúdo arrastado
Nos bastidores do SBT são muitos os que afirmam que somente a direção da revista e o comando artístico do SBT não aceitam que o grande problema do Chega Mais é a sensação de programa arrastado. Os temas ocupam grandes espaços, há uma insistência em pautas médicas e os debates de comportamento não se aproximam da realidade de quem está em casa. Além disso, faltam colaboradores fixos que tragam familiaridade ao público e criem um envolvimento melhor.
Para muitos, é questão de tempo para o alto comando do SBT cobrar ações e um clima mais saudável na produção do Chega Mais, uma vez que tem muitos profissionais dispostos a levar para o RH as reclamações desse ambiente insustentável.
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Atenção
*As informações e opiniões contidas no texto não refletem necessariamente o posicionamento do Portal Alta Definição.
O SBT deveria buscar referência fora da tv americana, ninguém aguenta esse formato de revista eletrônica norte americana mais, Globo e Record já ocupam esse espaço. A tv italiana e inglesa tem ótimos formatos, inclusive com faixas locais. O This Morning da ITV1 do Reino Unido tem 6 horas de duração e faixa local no meio, é um programa ágil, de prestação de serviço e enxuto, uma ótima referência.