Geralmente o ator fica marcado pelo seu personagem após alguns meses de novela, quando o público vai conhecendo e se encantando pela trama. Com Gênesis, a nova superprodução da Record TV, tudo foi diferente. As incríveis atuações de Juliana Boller, Carlo Porto, Eduardo Speroni, Caio Manhente, Ana Terra e Carolina Oliveira os deixarão conhecidos por muito tempo como Eva, Adão, Caim, Abel, Renah e Kira, respectivamente.
Sob a direção de Edgard Miranda e o texto de Camilo Pellegrini, a primeira fase de Gênesis atraiu todos os olhares, até mesmo deste que vos escreve. A evolução de Eva jovem no Jardim do Éden, depois mais velha e mãe, foi tão bem interpretada por Juliana Boller, que três dias pareciam semanas, tamanha empatia que sentimos pela personagem.
O texto profissional de Pellegrini, revelou que a Bíblia pode render um excelente dramalhão, sem precisar de “pregações”. Atual, a primeira fase mostrou dramas familiares que atingem a sociedade até os dias de hoje. O primeiro assassinato da humanidade rasgou o coração de Adão e Eva, e o seu grito ainda ecoa em muitas mentes.
O amável e doce Abel deixou a lição da pureza, do homem que é sensível, carinhoso, educado, justo. Em pouco tempo de cena, o Twitter abraçou o Abel de Caio Manhente, e até cogitou “passar pano”, caso o roteirista matasse Caim. Mas Eduardo Speroni fez tudo, criou raiva, ranço, nojo. E deixou o legado de vilão mais odiado da televisão brasileira em apenas três dias.
Mas tem uma coisa que muitos não sentirão falta: as filhas de Adão cantarolando a todo instante. No entanto, até isso rendeu memes. Tirando alguns cômicos musicais, todos os atores se destacaram em apenas três capítulos. Agora, o nível das próximas fases não pode cair, caso contrário, Gênesis será lembrada como a novela mais curta da história, a trama ‘Adão e Eva’.
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