O advogado Dr. Guilherme Abrão, representante da vítima da filha do humorista Cristiano Pereira, ou apenas Cris Pereira, detalhou nesta sexta-feira (26) ao Cidade Alerta (RECORD) os efeitos do abuso sofrido pela criança e os passos da investigação que culminaram na condenação do comediante. Segundo ele, a menina apresentava sinais físicos e psicológicos que indicavam a possibilidade de abuso sexual, como queixas de dor e vermelhidão anormal na região genital.
De acordo com Dr. Guilherme, a mãe da criança buscou atendimento médico e psicológico para a filha, e somente após constatações mínimas que indicavam risco de abuso acionou a autoridade policial. O caso foi apurado e transformado em denúncia pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, resultando na condenação de Cristiano Pereira a 18 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RS.
O advogado ainda relatou que, após os episódios, a menina desenvolveu repulsa em relação ao pai, afastando-se da figura paterna, comportamento que, segundo ele, reforçava os indícios do abuso. Dr. Guilherme ressaltou que o processo contou com depoimento especial da criança, laudos médicos e outros elementos que subsidiaram a condenação unânime pelo tribunal, com voto fundamentado do relator e concordância dos demais desembargadores.
“Foi um julgamento exaustivo e fundamentado. O sentimento da família e de todos os envolvidos é de que justiça foi feita”, declarou o advogado, reforçando que o tribunal analisou cuidadosamente todas as provas produzidas ao longo do processo.
Cristiano Pereira, conhecido pelos personagens Gaudêncio e Jorge da Borracharia no programa A Praça É Nossa (SBT), havia sido absolvido em primeira instância, mas a decisão foi revertida em segunda instância, após recurso do Ministério Público.