Paolla Oliveira usou sua participação no programa Roda Viva (TV Cultura) dessa segunda-feira (05) para abordar um tema delicado: a escolha consciente de não ser mãe. Aos 43 anos, a atriz revelou que por muito tempo se sentiu envergonhada por não ter o desejo de engravidar, e afirmou ter congelado os óvulos para manter a autonomia sobre o próprio corpo.
Segundo Paolla, a sociedade ainda impõe que a maternidade seja um caminho obrigatório para validar a mulher: “Inventava desculpas para justificar porque não queria filhos. Achava que o problema era eu”.
Hoje, no entanto, ela vê o assunto com mais clareza: “A maternidade é linda, mas precisa ser uma escolha. Escolher ter, escolher não ter, escolher depois. Isso também é liberdade”.
Durante a entrevista, Paolla também foi questionada sobre o aborto e não hesitou em se posicionar. Ela declarou ser favorável à legalização e reforçou que se trata de uma decisão íntima, que deve ser respeitada.
É um retrocesso não enxergar isso como uma possibilidade. Tomara que outras mulheres tenham a mesma escolha que eu tive: a de não ter filhos, se assim quiserem.
afirmou
A atriz ainda desabafou sobre os rótulos que recebeu ao longo da carreira por não se encaixar no ideal tradicional de mulher. “Me chamaram de dura, amarga. Disseram que eu era ‘menos família’. Como assim? Vivo pela minha família. Isso é cruel com quem simplesmente faz uma escolha diferente”, comentou.