Na última terça-feira (21), o mundo inteiro ficou sabendo do recorde no crescimento de assinantes da Netflix em um trimestre. O feito, claro, foi motivo de muita comemoração para o CEO e fundador Reed Hastings, porém nem tudo são flores. A desvalorização da real e de outras moedas afetam o resultado financeiro da empresa.
De acordo com o anúncio feito aos investidores da Netflix, foram 15,77 milhões de novos membros entre janeiro e março. Sendo assim, a plataforma tem 182,9 milhões de assinantes em todo o mundo. Um recorde inimaginável, uma vez que a empresa tinha estimativa de conquistar 7 milhões de novos membros. Mas com as pessoas em casa, por causa das políticas de isolamento social no combate à Covid-19, o resultado foi mais que o dobro.
“Nós estamos cientes de termos a sorte de ter um serviço que é ainda mais importante para as pessoas confinantes em casa, e que pode operar remotamente com o mínimo de disrupção em médio e curto prazos”, informou a gigante do streaming na carta aos acionistas. “Nosso crescimento foi temporariamente acelerado por causa do confinamento”.
Enquanto isso
Mesmo com todo esse crescimento importante que consolida ainda mais a empresa no concorrente mercado de streaming, nem tudo é motivo de comemoração.
“[Esse resultado] é contrabalanceado com um dólar americano mais forte, diminuindo a nossa receita internacional”, explicou a Netflix.
Em resumo, a receita ficou dento do previsto inicial, ainda que com mais do que o dobro de novos assinantes do que se tinha planejado. Na América do Sul e na região da Ásia-Pacífico, por exemplo, a empresa viu a receita em dólar por usuário cair absurdamente.
“O preço do nosso plano padrão no Brasil é de R$ 33, o que costumava ser US$ 8,50 no ano passado, mas agora é US$ 6,50, baseado na taxa de câmbio de abril de 2020, então tivemos um declínio de mais ou menos 25%, em dólares, na média do preço da assinatura no Brasil, o que diminui o impacto do forte crescimento de membros.” disse.
Vale lembrar que, a empresa parou de produzir filmes e séries, devido a pandemia causa pelo novo coronavírus. Recentemente, até dublagens foram cortadas da produções originais.