As duas maiores emissoras com forte atuação no jornalismo, trataram da polêmica envolvendo a Bienal do Livro e o Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Porém, ambas levaram seus principais jornalísticos de maneria bem diferente. A Globo dedicou incríveis 15 minutos de uma mega reportagem logo no início do Fantástico com direito a trilha sonora e algumas pessoas que foram convidadas para ler a constituição, sem contar também com mais alguns segundos destinados ao quadro “Isso a Globo Não Mostra”.
A reportagem reviveu toda a polêmica, desde o vídeo que mostrava Crivella falando sobre o Livro a revolta do público, foram exibidas também imagens dos fiscais chegando a Bienal com trilha sonora macabra e o público lendo a Constituição da República Federativa do Brasil, além da decisão do Presidente do STF, Ministro Dias Tofolli, que suspendeu a ordem da justiça fluminense. O fantástico também reexibiu, por diversas vezes, o beijo gay do livro e classificou o ato como “censura”, palavra que foi falada exaustivamente na reportagem e também pelos apresentadores.
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E se a matéria do Fantástico não foi suficiente, a Globo finalizou a batalha do domingo (08) fazendo piada com a frase do prefeito onde ele afirma “A prefeitura do estado do Rio está protegendo os menores da nossa cidade”. No quadro ‘Isso a Globo Não Mostra’ a emissora uniu a fala do prefeito com problemas reais que as crianças sofrem no Rio de Janeiro, e que ainda continuam sem solução.
Assista ao vídeo do Isso a Globo não Mostra:
Já a Record TV optou por algo também esperado, mas surpreendeu da forma como abordou, a emissora usou apenas 1 minuto do ‘Domingo Espetacular’, para falar sobre o assunto, contudo não deixou claro seu apoio ao prefeito do Rio de Janeiro, como já tinha feito outras vezes. O canal sequer destinou uma equipe para ouvir o prefeito, limitando-se a reexibir um pequeno trecho de sua fala divulgada em um vídeo nas redes sociais.
Na sonora, o apresentador falou sobre a polêmica: “A Prefeitura do Rio de Janeiro vai recorrer da decisão do Presidente do STF, Ministro Dias Tofolli, que suspendeu a ordem da justiça fluminense que permitia a apreensão de livros com a temática LGBT na Bienal do Livro. O caso foi parar na justiça após a prefeitura decidir recolher exemplares de um gibi, com a justificativa que a publicação trazia conteúdo sexual para menores”, disse a reportagem que exibiu imagens do STF e logo em seguida alguns segundos da fala de Marcelo Crivella.
Chama a tenção também o fato de Crivella ser sobrinho do dono da Record TV, bispo Edir Macedo. Porém, como bem lembrou a Folha D. São Paulo, o dono da emissora paulista mantém seu discurso conservador, mas com algumas divergências no meio. Ele já declarou que: “Jesus não levantou uma bandeira, falando: Olha, vocês têm que falar contra o homossexualismo”.
Veja a reportagem do Domingo Espetacular: