A Receita Federal segue investigando supostas irregularidades nos contratos de profissionais de diversas emissoras de TV. Mas a megaoperação, que foi revelada no ano passado, tem a Globo como o principal alvo.
Segundo informações do colunista Ricardo Feltrin (UOL), a mais recente atuação caiu sobre os ombros do âncora e editor-chefe do ‘Jornal Nacional’, William Bonner, que já está recorrendo, e nega qualquer irregularidade. Além do jornalista, a Receita estaria atuando outros 20 âncoras, que não tiveram seus nomes revelados pela coluna. Todos esses profissionais da Globo estão recorrendo.
Além da emissora da família Marinho, jornalistas da Record TV também já foram autuados, como Reinaldo Gottino e Adriana Araújo. No entanto, a âncora deixou a emissora em março. Entre os investigados e multados, ainda há nomes na GloboNews, CNN Brasil e SBT.
Qual a acusação?
A Receita Federal está acusando profissionais e a emissora de conluio para reduzir o pagamento de impostos e sonegar o Fisco. Tal prática é executada por meio da “pejotização”. Ao invés de serem contratados como funcionários de carteira assinada, esses artistas optam por um acordo com a emissora em questão, como pessoas jurídicas (que possuem suas empresas pessoais).
Mas, para a Receita, essa é uma manobra para reduzir as alíquotas devidas e sonegar impostos. Uma vez que, o profissionais “pejotizados” pagam alíquotas bem menos sobre seus rendimentos na TV Globo (ou outras empresas).
Globo nega
Procurado pelo colunista, William Bonner ainda não se pronunciou, já a Globo nega qualquer irregularidade em seus contratos atuais e também nos passados.
“A Globo não comenta questões relacionadas a procedimentos administrativos, próprios ou de terceiros, mas esclarece que todas as formas de contratações praticadas pela empresa, inclusive em relação ao jornalista William Bonner, estão dentro da lei e todos os impostos incidentes são pagos regurlamente”.
Assim como qualquer empresa, a Globo é passível de fiscalizações, tendo garantido por lei também o direito de questionar, em sua defesa, possíveis cobranças indevidas do fisco.
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