Que a nossa conhecida TV passa por expressivas mudanças não se pode negar. E o novo vai perdendo um pouco do espaço que tinha. Isso não é ruim, mas consequência desses novos tempos. Semana passada, a badalada estreia do remake de Renascer provou que os remakes podem ser boas escolhas para o público.
Do bem-sucedido ao flop
Não é de hoje que emissoras como Globo, SBT e Record investem de tempos em tempos nas segundas versões de algumas histórias. A emissora de Silvio Santos produziu com grande relevância novelas da extinta Tupi e fez muito sucesso na década de 1990 com “Sangue do meu Sangue”, “As Pupilas do Senhor Reitor”, “Os Ossos do Barão”, “Razão de Viver” foram algumas que a emissora produziu. Um sucesso atrás do outro na década e destaque para sua melhor obra: “Éramos Seis”, um primor absoluto no que tange atuações, elenco, história e produção.
Mas alguns títulos não foram tão badalados, como “O Direito de Nascer” e “Uma Rosa com Amor”. De 2001 até 2005, o SBT se dedicou a remakes de novelas da Televisa, com destaque para “Pícara Sonhadora”, “Pequena Travessa” e “Canavial de Paixões”.
A Record investiu todas as suas fichas na releitura de “A Escrava Isaura”, mega sucesso que mudou os rumos da dramaturgia da emissora, mas não conseguiu o mesmo êxito em 1999 com “Louca Paixão”, remake da primeira novela diária da TV, e na versão nacional da mexicana “Rebelde”.
A Globo, líder na produção de grandes novelas, provou do bom e do ruim ao levar ao ar releituras. “Pecado Capital”, “Anjo Mau”, “Lua Cheia de Amor”, “TI TI TI”, “Meu Pedacinho de Chão” e “Haja Coração”. Além disso, teve também “Selva de Pedra”, “Gabriela”, “Saramandaia” e “O Astro”. Mas, não podemos esquecer as memoráveis “A Viagem” e “Mulheres de Areia”. Durante anos, entre altos e baixos, a Globo apostou em releituras, mas interrompeu a produção das mesmas.
O novo sempre vem
O período pós pandemia foi decisivo para a Globo definir alguns nomes e surpreendeu ao lançar o remake “Pantanal”, sucesso da Rede Manchete que a incomodou no início dos anos 1990. A saga de Juma Marruá agradou tanto que fez a emissora remexer em quase toda sua programação: “O Rei do Gado” voltou para a programação e, pra espanto da maioria, foi um sucesso.
A saga de “Mar do Sertão”, embora nordestina, também rural, agradou o grande público, atestando que novelas rurais e regionalistas sempre chamam a atenção. Semana passada, Renascer estreou com requinte que há tempos não se via. As comparações com a primeira versão não param, mas também não tiram o mérito da nova novela. Provando que histórias boas podem ser rescritas e encantar novas gerações.
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