Durante entrada ao vivo no Bom Dia SP desta sexta-feira (21), o jornalista Alexandre Henderson se emocionou ao falar sobre Elza Soares. Ele estava no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, local onde a cantora estava sendo velada, após morrer na tarde de ontem (20), em sua casa.
Alexandre Henderson, em seu discurso, admitiu que era fã da cantora e destacou a importância de Elza Soares para a população negra. Segundo o repórter, a artista era “uma mulher à frente do tempo” e “muito necessária” nos dias atuais.
“É uma referência, Elza. Quando olhamos essa cena, pensamos na referência como mulher preta, artista. A Elza que cantou muito que ‘a carne mais do mercado é a carne negra’. Foi uma mulher atuante: denunciou e falou sobre o racismo, sobre a opressão da população negra, foi uma mulher que se posicionou muito em relação às questões da mulher, da comunidade LGBTQIA+, uma mulher à frente do tempo. Elza foi uma artista muito, mas muito necessária e muito atual“, disse.
Henderson prosseguiu destacando que Elza Soares marcou a história da música brasileira e afirmou que ela tinha uma “lucidez política”. O jornalista ainda afirmou estar com “o coração na mão”, ao apontar para o caixão e se despedir de uma artista daquela.
“Deixa uma lacuna na música popular brasileira, mas também um legado. Aquele corpo que está ali é de uma mulher que marcou sim a história da música brasileira, a história do Brasil. Uma mulher com uma lucidez política estrondosa. Sou fã de Elza, estou muito tocado porque a Elza marcou diversas gerações, cantou com diversos cantores e gêneros. Estou com o coração na mão e nó na garganta que a gente se despede dessa cantora, uma das maiores do mundo”, concluiu.
Mais cedo, ainda no Bom Dia SP, a apresentadora Michelle Barros já havia prestado uma homenagem para Elza Soares. A jornalista iniciou o noticiário local recitando um trecho da música “Mulher do Fim do Mundo”, eternizada na voz da cantora.
“Mulher do fim do mundo eu sou e vou até o fim cantar. Salve Elza Soares!”, exaltou Barros.
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