O Profissão Repórter desta terça-feira (11), apresentado por Caco Barcellos, mostra as consequências da pesca ilegal e as tentativas para preservar os peixes nas águas brasileiras. O programa viaja até Amazonas, Florianópolis e Rio de Janeiro acompanhar o trabalho de pescadores e o que tem sido feito para evitar a extinção das espécies, registrando os processos da pesca.
No Amazonas, a prática ilegal resultou na diminuição dos peixes em vários rios. O biólogo indigenista Felipe Rossoni é direto no diagnóstico: “A pesca ilegal, ou desordenada, não cumpre os cuidados com o recurso. A tendência é de que os estoques de peixes declinem ao ponto que chegou o Pirarucu, considerado extinto em alguns locais da Amazônia”.
Um dos peixes mais cobiçados, o Pirarucu chega a medir três metros e pode pesar até 200 quilos. Além de impactos ambientais, a pesca ilegal desta espécie afeta a segurança alimentar das comunidades indígenas e ribeirinhas que sempre se alimentaram dos peixes. No estado do Amazonas, existem algumas determinações para que esta prática não seja considerada ilegal: precisa ser realizada dentro do sistema de manejo, que estabelece uma cota para a captura, garantindo a reprodução da espécie e, consequentemente, uma pesca sustentável. Os repórteres André Neves Sampaio e Chico Bahia viram de perto este processo.
Direto de Florianópolis, o repórter Thiago Jock e o repórter cinematográfico Luiz Silva e Silva acompanharam a pesca da Tainha, que acontece entre junho e julho. A busca maior é pelas ovas da Tainha, o caviar brasileiro. Um quilo dela varia entre R$ 70 e R$ 80 e é exportada para países como China e Japão. A pesca deste peixe é feita pelo arrasto de rede, uma tradição de mais de 200 anos, mas que também é considerada bem perigosa, pois as canoas enfrentam as ondas do mar sem motor, somente com a força do remo.
Já a dupla Milena Rocha e Alex Gomes registraram os desafios enfrentados pelos pescadores da Baixada Fluminense. Eles navegam por rios poluídos da Baía de Guanabara. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro percorreu os rios Sarapuí e Iguaçu, ambos em Duque de Caxias. “Nós observamos uma situação degradante muita intensa que atinge essa população. Na Defensoria, entendemos essa situação como racismo ambiental”, aponta a defensora Thaís dos Santos.
Esses e outros relatos estão no Profissão Repórter desta terça-feira (11). O programa vai ao ar logo após a série Cine Holliúdy, a partir das 23h40, na TV Globo.
Leia também: Hackers prometem ajudar na segurança, caso a Record TV pague valor milionário