A próxima novela da Globo, “O Tempo Não Para“, será marcada por um estilo narrativo diferente do que vinha sendo exibido pela emissora. No século XIX, a trama acompanha a família Sabino Macho e seus agregados, que há 132 anos esteve congelada dentro de um bloco de gelo, enquanto o tempo e a vida lá fora continuavam.
Eles vão despertar em 2018, na cidade de São Paulo, e terão o grande desafio de aprender a conviver com aquela nova realidade. Mas, tudo começou em 1886, quando a família Sabino Machado embarca no Albatroz, um dos mais seguros navios, a caminho da Europa. Composta pelo patriarca Dom Sabino (Edson Celulari), fiel súdito da monarquia que sonha com um título da nobreza e que pretende dá um tempo na cidade depois que sua filha Marocas (Juliana Paiva) disse “não” no altar.
Casado com Dona Agustina (Rosi Campos), Dom Sabino tem outras duas filhas, as gêmeas Nico (Raphaela Alvitos) e Kiki (Nathalia Rodrigues) e viajou também com os escravos Damásia (Aline Dias), Cairu (Cris Vianna), Cesária (Olivia Araujo), Menelau (David Junior) e Cecílio (Maicon Rodrigues); com o guarda-livros Teófilo (Kiko Mascarenhas); a preceptora Miss Celine (Maria Eduarda de Carvalho) e o jovem Bento (Bruno Montaleone), além do cão fox terrier Pirata.
Nessa ideia de mesclar realismo mágico com o verossímil, o escritor Maria Teixeira fala dos pontos atuais que a novela trabalha:
“Apesar da premissa das pessoas congeladas e da família deslocada no tempo, a novela é realista e engraçada, acima de tudo. É uma obra contemporânea que trata de assuntos super atuais, além de confrontar os valores e as relações humanas vigentes em séculos diferentes. Tudo isso permeado por uma história de amor muito intensa e capaz de romper barreiras entre dois jovens de épocas distintas”, conceitua Mario Teixeira.
Depois de 132 anos, um imenso bloco de gelo se aproxima da praia de Santos, em São Paulo, e é avistado por Samuca (Nicolas Prattes), um empresário, humanista, ligado em causa sociais e dono da holding “SamVita” e da “Fundação Vita”. O filho de Carmen (Christiane Torloni) e noivo de Betina (Cleo Pires) fica intrigado com o imenso bloco, perplexo e fascinado ainda mais pelo rosto sereno e belo de Marocas, emoldurado pelo gelo translúcido. Uma fissura ameaça partir o bloco e Samuca, no ímpeto de salvar Marocas, se agarra ao pedaço do iceberg em que ela está. Eles são puxados pela corrente e chegam à fictícia Ilha Vermelha.
Já os demais congelados são levados para a Criotec, um laboratório especializado em criogenia, que é o estudo de baixas temperaturas. A chegada do iceberg se torna caso de segurança de estado e gera curiosidade e comoção nacional. Aos poucos, cada um dos congelados despertará à sua maneira e terá que enfrentar a realidade contemporânea e as particularidades das relações humanas no século XXI.
“É um grande desafio e, ao mesmo tempo, muito divertido dar vida a essa novela. A história terá diversas situações que mostram o choque entre pessoas de séculos distintos. E, para dar verdade a isso, estamos contando inclusive com uma preparação de elenco separada para os núcleos ‘congelados’ e ‘contemporâneos’ para que essa surpresa seja original e perceptível ao público”, complementa Leonardo Nogueira.