Os novos programas do SBT estão causando um verdadeiro alvoroço nos bastidores da emissora. De acordo com o colunista Daniel Castro (Notícias da TV), as principais apostas da nova programação, Tá na Hora e Chega Mais, não só derrubaram a audiência em mais de 30%, mas também se tornaram um buraco negro financeiro, com um rombo que pode chegar a impressionantes R$ 100 milhões até o final do ano.
No ar desde março, Tá na Hora e Chega Mais enfrentam dificuldades no mercado publicitário, ficando mais de duas horas no ar sem um único intervalo comercial. O SBT nega veementemente as informações. No entanto, o levantamento feito pelo jornalista mostra uma outra realidade.
O programa Tá na Hora, transmitido das 17h30 às 19h45, tem apenas um intervalo de seis minutos e meio logo no início, deixando o programa sem breaks comerciais por duas horas seguidas. Apesar de contar com quatro ações de merchandising, a receita publicitária estaria longe do esperado.
Situação semelhante no Chega Mais
Já o matinal Chega Mais, exibido das 9h30 às 13h30, enfrenta uma situação semelhante. Com apenas dois intervalos comerciais que somam 13 minutos, o último intervalo vai ao ar por volta das 11h05, deixando o programa sem comerciais por mais de duas horas. A única ação de merchandising ocorre às 12h.
Publicidade com descontos
Segundo a tabela de preços do SBT, um anúncio de 30 segundos no Tá na Hora custa R$ 301.200. No entanto, fontes do mercado revelam que o SBT oferece descontos de até 90% para anunciantes frequentes. Assim, o faturamento real do programa é pouco mais de R$ 300 mil por edição, cerca de R$ 6 milhões por mês com seu único intervalo comercial.
No caso do Chega Mais, um anúncio de 30 segundos custa R$ 162.800. Com os mesmos descontos, a receita com intervalos comerciais não chega a R$ 400 mil por programa, ou menos de R$ 8 milhões por mês.
Conta não fecha
Com conteúdo jornalístico de alto custo, esses programas estariam gerando um prejuízo significativo. Nos corredores do SBT, estima-se que o investimento nos novos programas pode resultar em um rombo de R$ 100 milhões em 2024.