O humorista Nego Di, ex-participante do Big Brother Brasil, se defendeu publicamente após ser condenado a mais de 11 anos de prisão por estelionato. Em entrevista exibida no Domingo Espetacular (RECORD), o comediante alegou que também foi vítima do esquema que prejudicou mais de 370 pessoas por meio da loja virtual Tadizuera.
Durante a reportagem especial de Roberto Cabrini, Nego Di afirmou que confiou no ex-sócio Anderson Bonetti, a quem chamou de “estelionatário profissional”. Segundo o humorista, sua participação no negócio foi limitada à divulgação da loja, sem envolvimento direto na gestão das vendas. “Confiei na pessoa errada”, declarou.
O ex-BBB reforçou sua origem humilde ao tentar justificar sua vulnerabilidade na situação. Ele relembrou momentos difíceis da vida antes da fama e destacou o impacto emocional de ter sido preso.
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“Eu fui para o pior lugar que o ser humano pode ir, que é a prisão. Pior que isso, só o cemitério”, desabafou.
Durante o período de detenção, o humorista afirmou ter perdido 33 quilos e enfrentado problemas de saúde mental. “Cheguei a ficar 72 horas sem comer. Tinha que tomar remédio para dormir e para acordar”, relatou.
Tadizuera e golpes
Ao falar sobre a Tadizuera, Nego Di negou que a intenção fosse enganar os clientes. “Não faria sentido eu acordar um dia e decidir ‘vou dar um golpe nos meus seguidores’, isso não existe”, argumentou.
Ele afirmou que nunca teve acesso aos contratos formais de sociedade e que acreditava na proposta apresentada por Bonetti. Mesmo assim, o humorista reconheceu o sofrimento das vítimas.
Eu tenho consciência de que, através de mim, um estelionatário acabou enganando pessoas. Sinto a dor delas porque vim do mesmo lugar.
disse
Ainda na entrevista, Nego Di garantiu que já ressarciu todos os clientes envolvidos no processo.