A repórter Mariana Becker é a nova contratada da Band. Referência na cobertura de Fórmula 1, a jornalista chega para reforçar a equipe esportiva da emissora após ser dispensada da Globo depois de 25 anos no canal. Após o Grupo Bandeirantes adquirir os direitos de transmissão do Campeonato Mundial de Fórmula 1 até o final de 2022, Mariana se prepara para encabeçar as reportagens das 23 provas do calendário.
A estreia acontece no dia 28 de março, quando será exibido o Grande Prêmio do Bahrein. “Fiquei muito feliz com o convite da Band porque é uma emissora que tem uma profunda tradição no esporte, que é a minha paixão e especialidade. É muito bom respirar novos ares, trabalhar com outros profissionais, e poder mostrar tudo o que eu tinha vontade e, às vezes, não tinha tanto espaço”, disse.
Segundo a jornalista, as expectativas para a nova fase profissional são as melhores possíveis. “Vou ser a mesma Mariana de sempre, mas agora teremos um espaço muito maior para poder explorar a Fórmula 1. A ideia é despertar o interesse não só das pessoas que entendem da modalidade, como também de quem não conhece e pode começar a se apaixonar. No Show do Esporte, conseguiremos mostrar os vários lados desse esporte, com mais emoção, velocidade, técnica e informação. É um mundo fascinante”.
Trajetória de sucesso
Nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Mariana começou sua trajetória profissional em um jornal de sua cidade chamado “O Vertical”. Depois disso, passou a frequentar campeonatos brasileiros de surfe para fazer boletins para a rádio Ipanema. “A minha carreira começou junto com o esporte porque eu viajava muito surfando e comecei a escrever sobre tudo aquilo o que eu estava vendo e sobre pessoas que eu achava interessantes, principalmente mulheres que faziam esportes radicais. Inclusive, fiz uma matéria com a primeira campeã brasileira de surfe, a Andréa Lopes, antes mesmo de começar a estudar Jornalismo, e vendi para a ‘Folha de S. Paulo’. A reportagem acabou sendo capa da ‘Folha Teen’, um caderno para adolescentes”.
Durante a faculdade, ela estagiou no jornal “Zero Hora”, onde entrevistou a primeira gaúcha a voar de asa delta. “A ideia das pioneiras me encantava porque eram mulheres que faziam coisas que eu tinha vontade de fazer. O esporte sempre esteve dentro da minha casa. Meus pais jogavam tênis e pegavam onda, minhas irmãs eram nadadoras, meu irmão jogava basquete”, revela.
Pouca gente sabe, mas sua carreira na televisão começou na Bandeirantes, quando ainda era estudante. “Trabalhava na emissora local e comecei a apresentar um jornal que tinha esporte ao meio-dia. Lembro que na primeira vez que gravei para a Band nacional, eu tinha que dar as últimas notícias do Sul e foi o Elia Junior quem chamou a reportagem no ar”.
Em 1995, já formada, Mariana foi contratada pela TV Globo, onde atuou nos últimos 25 anos. Em 2009, passou a ser correspondente na Europa e, além de esportes, fazia a cobertura de outros assuntos relevantes. “Vou continuar vivendo na Europa. Brinco que moro no aeroporto, mas a minha base é em Mônaco. Com a pandemia, tenho ficado bastante na Suíça. O que muda na minha rotina é que eu vou fazer muito mais Fórmula 1 do que eu fazia antes. Eu realizava um pouco mais da metade das corridas e agora vou fazer as 23, o que significa que vou trabalhar mais, só que ao mesmo tempo vou ter o dobro de prazer pelo fato de cobrir o mundial completo”, conclui.
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