“O fim de uma curta história”. Assim pode ser definida a situação dos funcionários do canal Loading, que encerrou sua grade de programação ao vivo, nesta quinta-feira (27). De acordo com o portal UOL, a direção do canal se reuniu com todos os seus colaboradores e comunicou a decisão.
Os quase 60 profissionais que foram demitidos, trabalhavam no prédio que serviu de sede para a saudosa MTV, que permaneceu por décadas no ar. Mas, diferente de sua predecessora, a Loading sobreviveu pouco mais de seis meses.
Segundo informações divulgadas pelo site Na Telinha, o executivo Anderson Abraços alegou que a Kalunga – principal patrocinador do canal – teria desistido do projeto, o que teria dificultado sua continuidade. Esta mesma empresa pertence a dois dos sócios da emissora, mas de acordo com o Valor Econômico, acumula uma dívida acumulada no total de R$ 480 milhões.
No entanto, antes mesmo da sua estreia, que aconteceu em 7 de dezembro de 2020, muitos foram os questionamentos sobre a sua criação. Para especialistas em televisão, a conta era muito alta para manter um projeto que nasceu quase que “do nada”.
Com a premissa de reunir muito conteúdo geek, com pautas otaku, animes e videogames, o Loading apresentou problemas logo na sua primeira semana de atividade, quando todos os 16 integrantes da redação de esports pediram demissão e usaram as redes sociais para protestarem.
“Como vocês ficaram sabendo, fui desligado da Loading por ‘desalinhamento editorial” depois de 4 meses de trabalho, disse Vicenzzo Mandetta.
Na ocasião, o canal confirmou a demissão em massa e o motivo: “Devido ao desalinhamento entre o posicionamento da Loading, focado em entretenimento, e o time editorial do programa Metagaming, decidimos reestruturar a atração”, diz o início do comunicado que foi enviado à imprensa.
Triste! Mas o único empresário que costuma brincar com sua emissora de TV, e possui décadas de experiência, dificilmente conseguiu bons resultados com suas brincadeiras. Lamentável o que está acontecendo com o Loading, mas fica a lição: TV não se faz brincando. É preciso no mínimo ter conhecimento sobre a telinha mágica, pessoas com uma carga de experiência suficiente para agir bem no presente, prevê o futuro e assim garantir o passado.
Leia também: Depois do Brasil, CNN ganha mais um canal em língua portuguesa