Ilze Scamparini trouxe informações surpreendentes durante o Jornal Nacional (TV Globo) desta sexta-feira (09) ao relatar os bastidores do Conclave. Segundo ela, a eleição de Robert Francis Prevost, agora Papa Leão XIV, ocorreu por meio de reviravoltas, traições e uma simbologia que pode indicar mudanças no rumo do Vaticano.
A jornalista destacou que o cardeal Pietro Parolin, anteriormente cotado como favorito ao papado, teve papel decisivo no desfecho do conclave. “Parolin teria sido traído por cardeais italianos. E, diante disso, converteu seu apoio ao americano Prevost, incluindo os votos de cardeais brasileiros”, afirmou Ilze.
Apesar do apoio de Parolin, a eleição rápida indicaria que Prevost já contava com uma base sólida de votos. Ilze ressaltou ainda os sinais simbólicos dados pelo novo papa durante sua primeira aparição: ao adotar paramentos tradicionais e exibir uma cruz de ouro. Sendo assim, ele demonstrou uma aproximação com o estilo de Bento XVI, o que pode sugerir um distanciamento do pontificado reformista de Francisco.
Outro momento de destaque da cobertura foi a explicação sobre a escolha do nome Leão XIV. De acordo com um cardeal ouvido por Ilze, o nome remete ao papa Leão XII, que enfrentou os desafios da revolução industrial — uma analogia com os dilemas da revolução digital atual, marcada pela perda de empregos e transformações sociais.
A correspondente encerrou a matéria com um comentário que causou repercussão: “Francisco falava com os lobos. Agora teremos um leão, que caçará os lobos”.