São mais de 2 mil programas e aproximadamente 800 atrações musicais que marcam a trajetória do Encontro com Fátima Bernardes desde sua estreia, em 25 de junho de 2012. De lá pra cá, nesses oito anos que serão completados nesta quinta-feira, dia 25, o programa promoveu diariamente encontros, diversão, trouxe informação, muita música e apresentou diversos artistas ao público.
Em 2020, ano que entrará para a história da humanidade, o ‘Encontro’ mostrou ainda mais sua diversidade e relevância. Após um mês fora do ar no início da pandemia do novo coronavírus, o programa voltou à grade de programação, com o objetivo de trazer mais leveza e diversão para as manhãs do público, mas sem abrir mão da prestação de serviço e das informações importantes. “O retorno do programa não teve a ver com a necessidade de diminuir a informação, porque ela está lá e continua sendo dada, mas com a necessidade de a gente ajudar as pessoas a entenderem que é uma fase, e que vai passar”, diz a apresentadora Fátima Bernardes.
Com cuidados redobrados, equipe reduzida e sem plateia, o programa se mantém ao vivo, onde Fátima Bernardes conversa com convidados por vídeo. Há ainda a parceria com Ana Maria Braga, que está participando diariamente de casa. Enquanto segue as orientações de isolamento, Ana relembra receitas práticas escolhidas para este momento em que as pessoas estão cozinhado mais.
O programa de aniversário
No dia em que completa oito anos, o ‘Encontro’ vai contar com a presença dos atores Ney Latorraca e Paolla Oliveira, e do cantor Mumuzinho. Além de conversarem por vídeo com Fátima e André Curvello, os convidados participarão do tradicional quadro ‘TBT do Encontro’, onde mostrarão uma foto relembrando um momento do passado. Mumuzinho vai interagir ainda com o Ney e promete fazer sua famosa imitação do ator. Ana Maria Braga também participa e vai relembrar a receita de empadão crocante.
O Encontro com Fátima Bernardes vai ao ar logo após o ‘Bom Dia Brasil’.
Como você avalia a evolução do programa e de que forma ele se apresenta no momento atual?
Eu acho que ele foi evoluindo de acordo com a minha evolução também. Evolução no sentido de desligamento de uma tarefa e de uma função altamente jornalística de hard news no principal telejornal, para outra postura profissional que é dessa pessoa que se diverte com o público. Então, quanto mais eu consigo me divertir com o programa, mais eu acredito que o público também se diverte. E o que eu consigo ver que ajudou muito nisso foi – além da música que traz essa leveza, essa brincadeira – a presença da plateia. Estar ali ao lado das pessoas que realmente assistem ao programa, que participam e que gostam de dar a sua opinião fez uma transformação muito grande no programa. No início, a plateia era mais espectadora e, ao longo dos anos, foi sendo um participante muito presente e importante, seja na opinião ou na produção de pautas. Desde seu nascimento, o ‘Encontro’ tem um pé no factual. Teve até mais logo no começo, depois a gente enveredou muito pro entretenimento, mas sempre com a preocupação de estar fazendo algo da atualidade.
Como funciona a seleção de pautas do matinal neste momento de pandemia? Há uma busca por temas mais positivos, por exemplo?
A ideia não é que a gente busque pauta positiva, acho que a gente tem que abrir espaço para aquilo que está sendo mais difícil para as pessoas: já foi o auxílio emergencial, as dificuldades para receber esse dinheiro, como as pessoas estão fazendo para sobreviver, as dificuldades de se manter em casa, as dificuldades entre os casais, entre outros assuntos. E a gente também busca no restante do programa assuntos divertidos que também estão acontecendo. Se a internet está fazendo o desafio do pudim, a gente vai tentar desenformar um pudim. Se a brincadeira é dançar com o espelho, a gente vai dançar com o espelho, se estamos no mês das festas juninas, elas estarão ali de alguma maneira. Tudo sempre dentro da possibilidade de realizá-las dentro de casa.
No período em que o Encontro ficou fora do ar, você e sua equipe seguiram trabalhando e buscando pautas? De que forma?
Quando ficamos fora do ar, a gente seguiu observando o que estava acontecendo, tentando entender que pandemia era essa. No primeiro momento, o principal trabalho era dar conta de tantas informações. Depois que passamos das primeiras semanas, já começamos a pensar no retorno, a maneira como tratar o assunto mantendo o DNA do Encontro, etc… Então, começamos a discutir pautas, fazer reuniões virtuais e toda a equipe foi atuando para trazer esse conteúdo para o programa, até porque agora a gente está duas horas no ar. É um programa que realmente precisa de muita produção e essa equipe é guerreira, pois são duas horas por dia com pessoas entrevistadas por vídeo. Ninguém faz isso sozinho. É uma equipe muito moldada para virar o programa de um dia para o outro, para se adaptar a uma novidade que surgiu, para mudar o programa minutos antes dele ir ao ar, se for necessário. É uma equipe com muita experiência nisso o que me deixa muito tranquila, o que é ótimo.
Como é fazer um programa sem plateia e sem convidados no estúdio ?
Quando a gente estava para voltar, isso era uma grande incógnita. Hoje, a gente já naturalizou isso, brincamos que é o nosso “sofá virtual”. Eu tenho tido com mais frequência a presença do André Curvello, que é muito parceiro, a gente “divide uma bola” para entrada de convidados no telão, por exemplo. Porque é uma tecnologia que precisa de alguns segundos para entrar um convidado e sair outro. A gente foi pensando também maneiras de as pessoas de casa participarem. E como eu tinha o bom dia da plateia, hoje as pessoas mandam esse bom dia gravado de vários lugares do Brasil. A gente tem o ‘To querendo Saber’, em que as pessoas ficam fazendo perguntas para os especialistas, hoje estamos fazendo gravadas e eles respondem no programa. A gente vai se adaptando.
Como está sendo sua rotina durante essa quarentena?
Atualmente, minha rotina é acordar antes das 7h, ir para TV, fazer o programa lá e depois ir pra casa. Toda a equipe, que está bem reduzida, também é dispensada e vai pra casa. Depois do almoço, às 14h30, eu já estou em uma reunião com a equipe do programa tratando do fechamento do dia seguinte. Depois disso, eu vou ler, fazer atividade física, vou cozinhar, colocar roupa para lavar, varrer casa… Tem muita coisa. (risos). À noite, depois do jantar, vou dar uma olhada no roteiro final que já está fechado. É basicamente isso, fazendo um monte de coisas como todo mundo. Mas é claro que eu me sinto muito privilegiada de poder estar ao mesmo tempo trabalhando e me preservando. Podendo ir trabalhar de carro, não dependendo de transporte público, podendo ficar em casa com conforto. Eu sou muito grata e muito consciente do privilégio que eu tenho, mas mesmo assim, mesmo sabendo que para grande maioria não é fácil, eu recomendo diariamente no programa para quem pode ficar em casa, que fique em casa. Para quem precisa sair, que saia sabendo das dificuldades nas ruas e tentando da melhor maneira possível se prevenir e se proteger.
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