Durval Benicio da Luz, percussionista que trabalhou com a cantora Claudia Leitte por 22 anos, está pedindo uma indenização de R$ 2,3 milhões por assédio moral e falta dos direitos trabalhistas. Ele afirma que durante duas décadas que trabalhou acabou desenvolvendo um quadro de surdez, além de ter ficado em risco ao pegar Covid-19 durante um show que teria realizado.
Ele também afirma que passou a ser excluído dos shows sem aviso prévio e que era hostilizado pelo produtor da cantora, Luciano Ponto. As informações foram publicadas pelo Notícias da TV que teve acesso ao processo.
A advogada de Claudia Leitte, Carolina Agostinelli pediu que o prazo para apresentar as provas fosse estendido para mais de 48h, uma vez que a data limite foi até o ultimo dia 17 de agosto. Já o músico apresentou um exame de audiometria, para comprovar sua surdez parcial. Ele garante que trabalhou em todos os shows entre os anos de 2016 a 2018, mas a defesa da artista nega.
“Fui tratado como cachorro”
Durval diz que começou a trabalhar com Claudia em 2001, ainda quando fazia parte do grupo Babado Novo. Ele seguiu junto com a cantora quando ela decidiu seguir carreira solo. Mas os problemas teriam começado quando Luciano Pinto, diretor musical da cantora, teria começado a ameaçar Durval constantemente. Ele teria alertado Claudia, mas ela não teria dado importância.
Vim desde a época do Babado Novo e fui tratado como cachorro, como lixo, como mendigo. De esquina, de quinta, como se eu não tivesse estudado para isso. Foi assim que eu fui tratado. Estou reivindicando pela forma que me trataram. Não tenho nada contra ninguém
diz Durval.
Covid
O músico também alega que a equipe de Claudia Leitte teria sido negligente na pandemia, quando um show levou todos em um avião fretado, que não teria seguido os protocolos sanitários e como resultado boa parte dos músicos teriam sido contaminados com o vírus. Toda essa situação não teria caído na imprensa para não repercutir negativamente.
Ela ainda acusa a cantora de ter obrigado aos músicos da banda se cadastrarem como pessoa jurídica. “Querem provar que eu era um freelancer. Que freelancer é esse que fica 22 anos?“, questiona.
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O outro lado
Procurada, assessoria da cantora informa que o processo corre em segredo de Justiça.