Na manhã desta terça-feira (18), Roberto Cabrini confirmou, ao vivo por telefone no Fala Brasil (RECORD), que Maicol Sales dos Santos assinou um documento confessando o assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa. A informação havia sido antecipada na segunda-feira (17) pelo programa Tá na Hora (SBT).
Cabrini afirmou que Maicol confessou ter matado Vitória com duas facadas após uma discussão e alegou que a jovem o chantageava durante um relacionamento de um ano e meio. Apesar da confissão, ele sustenta que agiu sozinho, mas a polícia não descarta a participação de um segundo envolvido no crime.
Ainda na tarde de ontem (17), os jornalistas Rafael Batalha e Fábio Diamante, do SBT, relataram que Maicol teria assumido a autoria do crime em um novo depoimento. No entanto, a defesa do suspeito nega qualquer confissão e reforça que seu cliente não admitiu envolvimento no caso.
Investigado desde março
Maicol, vizinho de Vitória e proprietário de um Corolla prata, que foi visto na região onde o corpo da jovem foi encontrado, está preso preventivamente desde o dia 8 de março. Segundo a Justiça, há “fortes indícios” contra ele.
A análise forense do celular de Maicol revelou um histórico de perseguição contra Vitória desde o ano passado. O aparelho continha várias fotos da vítima, imagens de outras mulheres semelhantes a ela, facas e um revólver. A polícia classifica o comportamento do suspeito como típico de um “stalker” (perseguidor obsessivo).
Busca por provas e posição da defesa
Outro indício relevante é uma pesquisa feita pelo suspeito sobre “como limpar uma cena de crime”. Após a quebra de sigilo telefônico, peritos encontraram mensagens em que Maicol contou a um amigo que filmaram seu carro após o desaparecimento de Vitória.
A defesa de Maicol nega qualquer confissão. Os advogados criticam a divulgação de declarações sem a presença da defesa. Em nota, a equipe jurídica afirmou que toma todas as medidas legais para garantir a ampla defesa e o devido processo legal. O caso segue sob investigação.