Nesta segunda-feira (10), o Encontro (TV Globo) surpreendeu seus telespectadores com a postura de Patrícia Poeta, que iniciou a edição com alto astral, mas evitou comentar a polêmica envolvendo sua entrevista com Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina Sousa, na última sexta-feira (7). A entrevista ao vivo causou grande repercussão nas redes sociais, principalmente após o comportamento da apresentadora ser criticado por diversos internautas.
Apesar das expectativas, Patrícia não fez menção ao assunto, começando o programa de forma leve e descontraída: “Olá, Bom, bom dia! Eu começando o Encontro por aqui. Começando a semana ou o ano, hein galera? Muita gente diz que o ano só começa depois do carnaval, então está começando”, disse a apresentadora, aos risos.
Esse foi o tom dado por Poeta, que procurou manter o clima alegre em seu retorno ao programa. A apresentadora seguiu comandando a atração, apresentando um destaque do noticiário, mas não entrou no caso Vitória. no ar das 09h30 às 10h33, o programa não citou nada sobre o assunto.
Receba atualizações em primeira mão!
A polêmica no Encontro
Durante a edição de sexta-feira (7), Patrícia Poeta informou ao vivo, e sem aviso prévio, ao pai de Vitória Regina sobre detalhes sensíveis do assassinato de sua filha. Ela revelou que o crime teria sido cometido por Daniel, atual namorado do ex-namorado de Vitória, causando constrangimento e choque no entrevistado. Essa abordagem gerou críticas nas redes sociais, com internautas questionando a sensibilidade da apresentação.
Segundo o colunista Gabriel Vaques (Outro canal), fontes internas da Globo informaram que Patrícia Poeta não estava ciente de que leria essas informações ao vivo. A decisão de incluir os detalhes no teleprompter teria sido tomada pela direção do programa sem seu conhecimento prévio. Após a transmissão, a apresentadora teria expressado insatisfação nos bastidores, questionando a decisão da equipe em manter a informação na transmissão ao vivo.
Pai de Vitória é investigado
Enquanto Patrícia Poeta evitava falar sobre o caso, a investigação sobre o assassinato de Vitória Regina Sousa, de 17 anos, continua a ser um dos principais focos da mídia. A jovem foi encontrada morta em um matagal em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, com sinais de brutalidade e tortura, no dia 5 de fevereiro
O pai de Vitória, Carlos Alberto Sousa, que havia se mostrado bastante abalado nas entrevistas anteriores, agora é investigado como suspeito do crime. De acordo com a Polícia Civil de Franco da Rocha, Carlos demonstrou comportamento estranho após a descoberta do corpo da filha. Ele foi incluído como suspeito no último domingo (9), quatro dias depois de o corpo de Vitória ter sido encontrado.
Dentre os indícios que levantaram suspeitas sobre o comportamento do pai, está o fato de que ele teria pedido um terreno ao prefeito de Cajamar, Kauan Berto (PSD), logo após o crime. Além disso, Carlos deixou de buscar Vitória no trabalho no dia do desaparecimento, afirmando que o carro estava à espera de conserto. A polícia também aponta que ele omitiu ligações feitas para a filha na madrugada de seu desaparecimento, bem como detalhes sobre uma possível vontade de Vitória de se mudar para morar com a irmã, algo que, segundo a investigação, indicaria uma relação conturbada com os pais.
Em entrevista a Roberto Cabrini, no Domingo Espetacular (RECORD), Carlos se defendeu das acusações de ocultação de informações. “Qual é o pai que, quando uma filha desaparece, não tenta falar com ela?”, questionou. A investigação ainda aponta a possibilidade de um envolvimento do ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius Moraes, de 26 anos, no caso. Ele também é suspeito de participação no crime.