O caso envolvendo Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, foi notícia na edição de ontem (08) do Jornal Nacional. Durante uma nota, William Bonner e Renata Vasconcellos repercutiram as falas antissemitas do apresentador e destacaram que a Procuradoria Geral da República mandou investigar a possibilidade de crime de apologia ao nazismo.
“Ontem (07), em uma transmissão do podcast, o apresentador [Monark] provocou perplexidade e revolta ao dar uma demonstração explícita de antisemitismo. Ele disse que deveria existir um partido nazista no Brasil e defendeu, palavras dele, “o direito de ser antijudeu””, disse Renata.
As falas em questão ocorreram na noite da última segunda-feira (07), durante a transmissão do podcast Flow, da qual Monark é apresentador. Ele recebia os deputados Kim Kataguiri (DEM) e Tábata Amaral (PSB), quando entrou na discussão sobre a temática e defendeu a criação de um partido nazista no Brasil
O discurso gerou reações nos dois parlamentares, sendo essas também destaque no Jornal Nacional. Kim afirmou que foi um erro a Alemanha ter criminalizado o partido nazista. Já Tábata, criticou negativamente as falas de Monark, defendendo a população judaica e afirmou que a “liberdade de expressão termina onde a sua expressão põe em risco a vida do outro”.
Ainda em nota, Renata destacou que as falas de Monark e Kim geraram protestos nas entidades judaicas e leu um posicionamento Associação Nacional dos Procuradores da República.
“As falas do deputado Kataguiri e do apresentador Aiub provocaram protestos de entidades judaicas. Nas redes sociais, milhares de postagens reverberaram a indignação com as declarações antissemitas. A Associação Nacional dos Procuradores da República declarou que o direito à liberdade de expressão não é absoluto, e que repudiar o nazismo é uma tarefa permanente a ser reiterada por todos. O crime de apologia do nazismo é punível com até cinco anos de prisão”, afirmou com veemência a âncora.
Sobre as investigações, o deputado Kataguiri afirmou terem cunho político, mas que irá colaborar. Já Monark, por sua vez, pediu desculpas nas redes sociais e alegou estar bêbado quando fez o comentário. Ele foi demitido do podcast Flow, após a empresa perder contratos comerciais, dentre eles a transmissão do Campeonato Carioca.
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