O programa Linhas Cruzadas desta quinta-feira, 17 de fevereiro, vai falar o Burnout, ou seja, o cansaço extremo causado pelo excesso de trabalho. A doença, que acomete um a cada cinco brasileiros, tem se tornado cada vez mais comum entre os jovens de até 30 anos.
Com a apresentação de Thaís Oyama e Luiz Felipe Pondé, o jornalístico mostra que o Burnout é caracterizado por sintomas de estresse como ansiedade, depressão, mudanças bruscas de humor e outros, desenvolvidos pelo trabalho excessivo. As motivações para os jovens estarem mais propensos a desenvolverem este esgotamento serão algumas das questões abordadas na atração.
O livro “Sociedade do Cansaço”, do autor sul-coreano Byung-Chul Han, é levado ao debate. Para Pondé, a obra revela que a ideia de que “o céu é o limite”, alimentada pelas promessas de que é possível se obter o sucesso, revelam a raiz social do problema, pois assim se gera uma busca incessante pelo êxito, que leva à exaustão.
A atração reflete ainda sobre a busca por ambiente professional e se ela não estaria atrelada a vida pessoal, uma vez que a sociedade relaciona a felicidade com a satisfação com o trabalho. Neste sentido, Thays Oyama apresenta a ideia da escritora Anne Helen: “talvez ninguém deva necessariamente trabalhar com aquilo que ama, escapando assim de uma lógica que pode estimular o Burnout”.
Quem participa do Linhas Cruzadas, com um depoimento especial, é a jornalista Izabella Camargo, autora do livro “Dá um Tempo!”. Ela relata como o Burnout a levou a pedir licença da TV Globo, empresa em que trabalhava, para poder cuidar de sua saúde mental.
O Linhas Cruzadas vai ao nas noites de quinta-feira, a partir das 22h00, na TV Cultura.
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