O atual presidente e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL), deu início a série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência da República na Record TV, que aconteceu nesta segunda-feira (26). O entrevistado deu algumas respostas polêmicas sobre temas como pandemia e atraso na compra de vacinas e foi rebatido algumas vezes pelo apresentador Eduardo Ribeiro.
A primeira vacina no mundo foi aplicada em dezembro de 2020. No Brasil, iniciamos em janeiro de 2021 e eu comprei 500 milhões de doses de vacina, de modo que todo brasileiro que quis tomar, de forma voluntária, tomou.
Jair Messias Bolsonaro
Eduardo Ribeiro informou ao candidato que “o governo foi procurado por uma das indústrias e se compilou 45 dias de atraso. O senhor não reconhece essa história?”, perguntou. “O contrato (com a Pfizer) que eles queriam que eu assinasse, que foi em dezembro (de 2020)… porque que foi postergado? Você tem que ler o contrato, que nem é com um medicamento novo, você vai ler a bula. Os efeitos colaterais a própria Pfizer dizia que não se responsabilizava por qualquer efeito colateral”, respondeu Bolsonaro.
O apresentador então interrompe a fala de Bolsonaro e adiciona mais uma informação: “Com qualquer vacina emergencial é assim que acontece, assim como outros fabricantes também”, disse. “Mas ‘peraí’! Ela tem que dizer, por exemplo, os efeitos colaterais. Elas carimbaram como sigiloso por 75 anos nos Estados Unidos e os efeitos colaterais ninguém sabe. E mais ainda, o Brasil não poderia ter qualquer ação judicial contra possíveis mortes ou outros problemas por efeitos colaterais. Era uma gama de condicionantes que eu não tinha como assumir isso aí. E o que aconteceu? Nós compramos a vacina no ano seguinte e com uma condição de entrega numa quantidade muito mais, que tivesse assinado em 2020”, argumentou o convidado.
Ninguém obrigou ninguém a tomar vacina. Agora, uma crítica que eu faço a todos, em especial, parlamentares e parte da imprensa: criminalizaram o tratamento precoce. Essa verdade virá à tona mais cedo ou mais tarde. Não deram a liberdade que o médico sempre teve pra num caso desconhecido, buscar uma forma de melhor tratar.
Jair Messias Bolsonaro
Então Eduardo corrige: “Mas presidente, não foi a imprensa. A associação brasileira de infectologia, Organização Mundial da Saúde e outras instituições”, acrescenta. Jair, então, responde: “Se você falar OMS, é só ver quem tá na frente dela e a quem ele está subordinado, então tivemos esse problema todo”.
Eu tenho dados aqui, por exemplo, os vacinados hoje em dia tão morrendo em média 100 pessoas por dia e até caiu. Agora 80% são vacinados, a grande maioria com dose dupla. Ou seja: não se conhece nem a efetividade da vacina, por quanto tempo ela vale. Mas deixando bem claro, nós deixamos em condições melhores que em qualquer outro país e conseguimos produzir vacinas no Brasil e atendemos as pessoas que queriam vacina. A vacina não é um remédio é um preventivo. Agora o remédio em si foi criminalizado o médico, que por ventura, queria fazer uso do tratamento precoce.
Jair Messias Bolsonaro
Leia também: Bolsonaro volta a atacar o resultado das pesquisas eleitorais: “Eu não acredito”