No Bom Dia São Paulo desta segunda-feira (12), Rodrigo Bocardi relatou uma experiência inquietante que ocorreu no mesmo dia da trágica queda do voo 2283 da Voepass. Na sexta-feira (9), Bocardi embarcou em um voo para Ribeirão Preto e notou uma camada de gelo na asa do avião. Esse episódio ocorreu no mesmo dia em que a aeronave da Voepass caiu em Vinhedo (SP), resultando em 62 mortes.
Bocardi explicou sua experiência: “Realmente na sexta-feira, aqui em São Paulo, essa transformação na atmosfera, na meteorologia… A gente estava numa temperatura muito alta, a temperatura caiu bastante. Eu voava para Ribeirão Preto para um evento da EPTV, afiliada da Globo e também da rádio CBN, no mesmo horário quando ocorreu o acidente.”
Ele continuou: “Eu fiz um pouso em Bauru, uma parada antes de seguir para Ribeirão Preto. Percebi que no voo daqui de Congonhas, decolado por volta de 13h40… Era um avião menor. O piloto conseguia enxergar a asa. Durante todo o voo, olhava para a asa. Aquilo me chamou a atenção, mas a gente vai aprendendo junto com essas histórias.”
Bocardi também comentou sobre a importância do sistema de desgelo: “Tantas pessoas acabaram descobrindo com esse acidente, a gente não sabe se essa foi realmente a causa, mas descobrimos a importância do sistema de desgelo, de tirar o gelo da asa.”
Sobre o acionamento do sistema de desgelo, ele relatou: “O piloto olhava bastante, e aí acionou os comandos de desgelo para tirar o gelo da asa.” O apresentador informou que só soube da queda do avião da Voepass ao pousar em Bauru e que foi ele quem informou a tripulação do acidente.
Ao chegar em Ribeirão Preto, próximo à sede da Voepass, Bocardi perguntou ao piloto se o que ele estava observando na asa era relacionado ao gelo. O piloto confirmou, mostrando o mapa com a presença de gelo em São Paulo.
Bocardi ressaltou que o gelo na asa pode ser um indicativo do motivo da queda do voo 2283, mas enfatizou que apenas a conclusão da investigação poderá confirmar essa hipótese. Imagens do Flightradar24 mostraram os últimos momentos do avião da Voepass, com o ícone da aeronave desaparecendo dos radares e uma taxa de descida alarmante de 13 mil pés por minuto após uma curva brusca.