Depois de muita expectativa, foi ao ar neste domingo (30) o especial ‘Record 70 Anos‘ com a participação de Ana Maria Braga. Liberada pela TV Globo, a estrela das manhãs da TV brasileira retornou ao canal, após 24 anos sem pisar na emissora.
Ao chegar na sede, Ana se encantou com lugar: “Cresceu muito, tá muito diferente. Principalmente para o alto“, brincou a apresentadora. Na sequência, Ana visitou o antigo camarim e o estúdio A, onde gravou por anos o ‘Note e Anote‘. No local ela reencontrou os apresentadores do Balanço Geral, que hoje ocupam o espaço.
Foi o estúdio que eu acho que mudou a minha vida. Que vocês continuem sendo muito felizes aqui.
disse Ana para os apresentadores do Balanço Geral.
O primeiro salário
No estúdio montado especialmente para a entrevista, Ana conversou com o repórter Michael Keller, com quem trabalhou no início da carreira. Ela revelou como foi o convite da Record, após ser demitida da editora Abril, em 1992.
Eles [direção da Record] estavam querendo alguém pra amanhã da Record, que não fossem jovenzinha. Eu já não era uma garotinha. Mas que fosse apresentadora e tivesse um certo conhecimento da profissão. Aí eu vim, fiz o teste, entrevistei uma moça e tal e passei no teste.
Ana contou ainda que aceitou o convite de trabalhar na Record mesmo sem ter um salário fixo, e que na época ganhava em cruzeiros.
Eles falaram: ‘Olha, você tem um espaço, 2 horas pela manhã. Você pode apresentar’. Então eu fizer uma conta lá. Eu acho que ganhava 1.000 cruzeiros, uma coisa assim daquela época. Aí eu falei: ‘Eu topo’.
relembra.
Levou utensílios para a Record
Ana Maria Braga disse também que começou na Record com um programa do zero. Assim ela precisou se reinventar e criar o ‘Note e Anote’ do seu jeito.
Me deram as câmeras, me deram uma oportunidade de falar. Então eu fazia desfiles de moda, fazia entrevista com médicos, com advogados. Eles colocaram o balcão.
Até mesmo os utensílios do matinal, como pratos, garfos e outros talheres eram da Ana.
Comecei do zero, fazendo coisas simples para as mulheres de final de semana. As coisas que eu gostava de fazer, mas de um jeito mais descontraído da cozinha.
Cresceu com a Record
A apresentadora da Globo também relembrou como as coisas mudaram rapidamente. Com a audiência subindo, o Note e Anote passou a ser a sensação do momento e de 2 horas de duração passou para 6, faturando alto.
Eu comecei a ganhar dindin, a Record começou a ganhar dindin. Todo mundo crescendo.
Homenagem
Entre várias homenagens dentro do especial, uma chamou atenção. Em 1998, Ana Maria Braga entrou para o Guinness Book Brasil, o livro dos recordes, por ficar mais horas semanais ao vivo.
Por esse motivo, a Record confeccionou uma placa e presenteou a estrela.
A Record parabeniza a apresentadora pelos 25 anos completos do recorde brasileiro de maior número de horas semanais no ar registrado pelo Guinness Book Brasil. Dois programas que fizeram história na TV brasileira: o dipario ‘Note e Anote’ e o programa ‘Ana Maria Braga’. Nos 70 anos da Record, nossa gratidão pelos 7 anos de uma parceria de grande sucesso.
diz a placa.
Ana agradece à Record
Antes de encerrar a entrevista, Ana deixou uma declaração emocionante para o canal, que completa 70 anos em setembro.
Antes de mais nada eu quero agradecer. Agradecer a oportunidade de vida que eu tive aqui nessa casa. Eu quero publicamente dizer que eu sempre fui muito bem reconhecida aqui na Record, o tempo que eu trabalhei aqui, mesmo depois que eu saí. É uma casa que me ensinou bastante, muito, me ensinou muito. Me deu oportunidade, sim, que eu não teria em outro lugar. Eu acho que a gente fez uma belíssima parceria, né? E queria parabenizar todos os profissionais da casa, que continuam colocando a programação com a qualidade que tem no ar e me sinto muito honrada. Ter feito parte de uma parte pequena, mas eu acho que fundamental na construção desses 70 anos, nessa pujança que é hoje a Rede Record de Televisão.
Ana Maria Braga