A apresentadora Ana Hickmann concedeu a primeira entrevista após a agressão e separação do marido. Ela falou no Domingo Espetacular. Em uma conversa franca com Carolina Ferraz, a loira abriu o coração e contou tudo o que viveu e sofreu no seu casamento. “Eu dei poder a esse canalha, eu dei poder a esse agressor”, disse.
Relatos Fortes
No último dia 11 de novembro, o Brasil foi surpreendido com a notícia da agressão de Alexandre Correa contra Ana Hickmann. Casados há 25 anos, o marido era empresário de Ana desde os seus 16 anos, cuidando das finanças e empresas do casal.
Em uma longa entrevista, com mais de 40 minutos, forte e marcada pela emoção, Ana descreveu tudo o que aconteceu naquele sábado. “Sempre tive uma conversa muito aberta com meu filho sobre escola, sobre o dia a dia… Mas por conta dessa conversa e por coisas que aconteceram antes, a briga ocorreu […] O Alexandre começou a me achincalhar. A briga ficou acalorada”. Segundo Ana Hickmann, ela teria descoberto que suas empresas estavam com dívidas exorbitantes, sem o seu conhecimento. “Eu fui tentar entender o que estava rolando. ‘Alê, nós somos um time, me fala’. Foi aí que eu comecei a me deparar com grandes mentiras. Ele sempre me falava que estava tudo bem”, pontuou.
Para Carolina Ferraz, a loira confirmou as dívidas, porém não sabe o valor real. “Existem. Mas não faço a menor ideia [do valor dessas dívidas]. Eu ainda não cheguei no fundo. Dentro da nossa empresa, ele era a parte administrativa, e eu, a imagem. Eu nunca tive problemas com isso, porque nós saímos do zero”.
Agressão
Sobre a agressão, ela foi direta. “Ele veio para me dar uma cabeçada, sim. Eu peguei o celular e disse para ele: se você vier para cima de mim, eu vou chamar a polícia. Falei uma, duas, três vezes. Ele veio para cima de mim, não me soltava, prendeu a porta no meu braço. Fiquei com medo dele”, contou Ana.
Passado Difícil
Um dos momentos mais delicados da entrevista foi quando Ana Hickmann mostrou uma cicatriz na mão e afirmou que foi seu pai que ocasionou quando ela tinha 12 anos. “O meu pai era um agressor, meu pai bateu muito na minha mãe, carreguei minha mãe algumas vezes para o hospital. Por isso eu jurei que nenhum homem me tocaria para fazer isso. Só que eu me permiti ser abusada de outra forma”. Muito emocionada e chorando, ela conta que arrumou uma mochila para cada irmão, inclusive a caçula que era de colo, e saíram de casa, indo viver com os avós.
Lei Maria da Penha
Na reportagem exibida no dominical da Record, Ana Hickman agradeceu o recurso de pedir ajuda pelo telefone. “Ainda bem que existe o 190”. Segundo ela, foram apenas três toques que teriam salvado a sua vida. “Porque se eu não tivesse ligado, ele teria passado aquela janela e não sei o que teria acontecido”.
Ana está amparada pela Lei Maria da Penha (11.340/2006). Ela entrou com o pedido de divórcio litigioso e medida protetiva. “A lei está aí para nos proteger. Ela foi criada por conta de uma mulher que foi vítima disso. Ela [a Lei Maria da Penha] me protegeu, sim”. Pela lei, os trâmites são mais ágeis do que a convencional.