Todo jovem profissional de comunicação, principalmente os recém-formados, como esse que voz escreve, tem um sonho de conhecer as instalações e os estúdios de uma grande emissora de televisão. E eu, nesta semana, tive o privilégio de poder visitar a sede da Record TV, em São Paulo, no bairro da Barra Funda. Com isso, eu peço licença aos meus queridos leitores desta coluna para contar um pouco de como foi esse dia para lá de especial.
Primeiramente, eu quero dizer que as imagens que vemos pela televisão da sede da Record TV são reais. O espaço é bem grande, com vários prédios conglomerados, que foram sendo adquiridos ao longo do tempo, desde a mudança da emissora para aquele local, substituindo a extinta TV Jovem Pan, já no final da década de 1990. A famosa torre de transmissão, vista em muitas cenas de transição em novelas, é verdadeira e pode ser observada já na rua, antes mesmo de entrar na emissora.
Na sede da Record TV na Barra Funda, existem espaços direcionados a equipes do administrativo e da direção, que fazem a emissora de fato funcionar, além de uma pequena área, se comparada as demais, para a Record News. Uma parcela dos programas do canal do notícias é gerada direto dali. Quando entrei no estúdio, estava no ar o Conexão Record News. Heródoto Barbeiro interagia ao vivo com Kelly Godoy, que apresentava a atração direto de Araraquara, onde fica a outra sede do canal. Um cenário mais simples, uma equipe mais enxuta, porém um trabalho bem feito para colocar a Record News no ar diariamente.
Do estúdio do canal de notícias para o do Balanço Geral, que também é utilizado pelo Cidade Alerta. Estava ao vivo o quadro A Hora da Venenosa, com uma sintonia quase perfeita entre Reinaldo Gottino, Fabíola Reipert e Renato Lombardi, junto ainda do intérprete da cobra Judite e da equipe de mixagem de som. Não é à toa que a atração faz tanto sucesso. Aqui já pôde ser observado estrutura e uma equipe maior, prestando todo o auxílio necessário. Tive a oportunidade de conversar brevemente com Gottino, que me recebeu super bem e ainda me deixou uma saudação ao vivo, no final da atração, algo que alegraria o coração de qualquer um.
Em seguida, pude conhecer a redação de jornalismo da Record TV, onde observei de longe Janine Borba concentrada em uma das mesas com computadores, além do estúdio do Jornal da Record e do Fala Brasil. Para a minha tristeza, o espaço estava com luzes apagadas, não era a hora de nenhum dos telejornais. No entanto, a grandeza do espaço impressiona. O telão de fundo é imenso e da mais alta tecnologia. O que é mostrado na televisão é pequeno, perante a lindeza que é o local.
Imagem: Portal Alta Definição
Por falar em grandiosidade, o estúdio do Hoje em Dia não fica para trás. O espaço também já estava mais desmontado, com as poltronas e sofás cobertos, para evitar poeira ou qualquer sujeira, mas mesmo assim não perdeu o seu charme. No ar há 17 anos, o matinal da emissora tem uma enorme estrutura, que poderia ser muito melhor utilizada, inclusive. Fora dali, em um outro estúdio, fica ainda a cozinha onde é gravado o quadro de culinária do chef Guga Rocha. O espaço fica montado permanentemente, apesar de não ser muito frequente na atração.
Ainda no entretenimento, me surpreendeu o fato do estúdio do Hora do Faro não ser tão grande quanto aparenta na televisão. O cenário do programa não estava montado, já que não era dia de gravação, e sim substituído por uma decoração ligada a série Reis, que estrearia na mesma noite e teria uma exibição especial para os funcionários da emissora. O espaço da plateia é bem reduzido, mas não deixa de perder a sua elegância de todas as tardes de domingo.
Estive também no estúdio de chroma key, de onde é gerado o Domingo Espetacular. A abrangência do fundo da famosa “tela verde” é imensa e talvez por isso se justifique a insistência da emissora em fazer cenários virtuais para a atração. A Record TV ainda possui outros estúdios, no plural mesmo, que estão vagos e são pouco utilizados. Nesses locais, em um passado bem distante, já foram gravadas até novelas, como o caso de A Escrava Isaura (2004) e Cidadão Brasileiro (2006), antes da mudança da teledramaturgia para o Rio de Janeiro.
Pude circular ainda pelos corredores dos camarins e descobri que o de Sabrina Sato existe lá até hoje, com foto e tudo mais. Será que estão com saudades da japa? Apesar de não ter estado um contato mais direto com as grandes estrelas do canal, muito menos ter tirado uma foto pessoal minha em uma das bancadas dos telejornais, pra mim foi um dia muito especial esse da visita. Aproveitei ao máximo aquela experiência e já que me convidar para retornar lá mais vezes. É só chamar Record TV!